Estremoz - Responsabilidade cÍvica
Domingo - 24/11/2024
Contentores junto à Pré-primária na Av. Dr. Marques Crespo.
Não dá para perceber, vinte metros mais à frente existem contentores para lixo reciclável.
Responsabilidade de pessoas ou empresas?
Não sei.
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Estremoz - Igreja de Nossa Senhora do Castelo - Sesimbra
Igreja Paroquial do Castelo de Sesimbra, Igreja de Nossa Senhora da Assunção ou Igreja de Santa Maria do Castelo
A Igreja do Castelo data de 1165, no entanto só no reinado de D. Sancho I se inicia a construção de uma igreja de maiores dimensões estilo românico - gótica a que foi atribuído o nome de nome SantaMaria do Castelo.
A igreja que hoje se pode observar é do século XVIII (1721), com o aparecimento, no século XX, de uma nova igreja no lugar de Corredoura, a igreja de Nossa Senhora do Castelo perde importância e, é praticamente abandonada, começando assim a sua degradação.
Por volta de 1965 começou a sua recuperação com o intuito de reabertura ao publico.
É de planta longitudinal regular, composto por templo com torre sineira retangular e anexos. A fachada apresenta um "estilo chão". No seu interior encontramos, nave, capela-mor e sacristia, seis capelas, três de cada lado, de formato semicircular e pouco profundas, as suas paredes estão revestidas a azulejaria azul e branca do século XVIII.
A Capela-mor, encontra-se separada da nave por um arco triunfal, dando acesso à sacristia.
Azulejaria
Painéis, da primeira metade do século XVIII, ciclo dos Mestres, decorações de efeito cenográfico, podendo-se encontrar motivos arquitetónicos, cenas historiadas, grinaldas e anjos enquadrados por balaústres e elementos de arquitetura.
Nas laterais da Capela-mor, cenas historiadas baseadas no culto Mariano sobre anjos e festões de flores, cercaduras de folhas de acanto.
Nas paredes da nave azulejaria figurativa com representação dos quatro evangelistas (Marcos, Mateus, Lucas e João).
Terão sido realizados e pintados nas oficinas lisboetas dos mestres Teotónio dos Santos e Bartolomeu Antunes.
Lateral direito da porta de entrada
(quando de frente para o altar)
Da esquerda para a direita - Apóstolos São Bartolomeu e São Pedro.
Pormenores
Imagem da direita.
São Pedro (Apóstolo) com as chaves na mão.
As chaves na mão simbolizam a autoridade que recebeu de Jesus Cristo: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e lhe disse: Tudo o que ligares na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu'. (Mateus 16, 19).
Imagem da esquerda
São Bartolomeu (Apóstolo)
Símbolo: Faca ou Facão
Significado: Bartolomeu é frequentemente representado com uma faca ou facão, que simboliza o método brutal de seu martírio, onde foi esfolado vivo antes de ser executado.
Lateral esquerdo da porta de entrada
(quando de frente para o altar)
Tiago Maior (Apóstolo)
Símbolos: Bastão de Peregrino e Vieira
Tiago Maior é frequentemente representado com um bastão de peregrino e uma vieira, refletindo sua peregrinação e devoção a Santiago de Compostela na Espanha. O bastão simboliza sua jornada missionária e seu papel como um dos primeiros discípulos a seguir Jesus.
São Marcos (Evangelista)
Marcos foi considerado o “estenógrafo” de Pedro e seu Evangelho foi escrito entre os anos 50 e 60.
Pormenores
Anzol (?), pena e livro.
Significado: Bartolomeu é frequentemente representado com uma faca ou facão, que simboliza o método brutal de seu martírio, onde foi esfolado vivo antes de ser executado.
Montanha ao fundo, casario e leão, símbolo de S. Marcos (Evangelista).
Coro alto
Não consegui fotografar o painel na sua totalidade.
Cordeiro – Agnus-Dei – O Cordeiro de Deus – Simboliza Cristo Crucificado e a Eucaristia.
Lado da Epístola
(Lado direito quando de frente para o Altar)
Primeira Capela
Cúpula com concheados, cartela central sustida por volutas e putis, grinaldas.
Última Seia
Enquadrada lateralmente por figuras humanas sob pedestais, grinaldas. Na parte inferior (soco) cartela central enquadrada por putis e volutas.
Segunda Capela
Difere da primeira apenas na simbologia inscrita na cartela, (Ex-voto de sucesso?) que provavelmente estaria em consonância com o painel em falta.
Lateral Esquerdo
Lateral direito
São Lucas (Evangelista)
É representado por um touro alado (Não consegui ver na imagem o referido símbolo). Inicia o seu Evangelho falando do Zacarias, sacerdote em função naquele ano e cuja tarefa era oferecer sacrifícios no Templo de Jerusalém. O touro é a representação dos sacrifícios oferecidos. É a dimensão da oferta a Deus. Lucas foi um médico grego que viveu na cidade grega de Antioquia.
Pormenor
Terceira Capela
Cúpula idêntica às anteriores, cartela com simbologia Cristã.
Cordeiro segurando um bastão com estandarte, decorado com uma cruz, representa a Ressurreição e Cristo como Redentor.
Pormenor
Lateral esquerdo
Lateral direito
São Mateus (Evangelista)
É representado por um anjo ou homem alado porque inicia o seu evangelho com a genealogia de Jesus Cristo, mostrando a sua origem e descendência humanas, marcados pelo seu nascimento.
Pormenor
Capelas do Lado do Evangelho (Esquerdo)
(quando de frente para o altar)
Primeira Capela
Lateral Esquerdo
Lateral direito
Cúpula - Cartela central – Balança – Na iconografia Cristã São Miguel é o arcanjo do julgamento. A balança corresponde precisamente à pesagem dos atos.
Segunda Capela
Lateral esquerdo
Lateral direito
Cúpula - Cartela central – rosto sobre luz, o que sugere a divindade deste.
Desconheço qual o tema central.
Terceira Capela
Lateral direito
Cúpula – Decoração idêntica às restantes.
Cartela – Paisagem campestre.
Apresentação de Cristo no Templo.
Soco – cartela central apoiada por putis, volutas e grinaldas.
São João (Evangelista)
Emolduramento com barras e folhas de acanto.
Símbolos: Cálice e Águia
João Evangelista, um dos doze apóstolos de Jesus e autor do quarto evangelho, é representado na iconografia cristã com dois símbolos principais: o cálice e a águia. Estes emblemas destacam aspetos essenciais de sua vida, escritos e contribuição para o cristianismo.
Pormenor
Arco Triunfal
Pormenor
Santíssimo Sacramento (Adoração Solene)
Capela-Mor
Decorada com azulejos historiados com cenas da vida de Maria sob anjos e festões de flores.
Lado esquerdo
Anunciação pelo Anjo Gabriel de que Maria seria Mãe.
Visita de Maria a sua prima Isabel.
Pormenor
Visita de Maria a sua prima Isabel.
Lado direito
Pormenores
Adoração do menino Jesus.
Chegada dos Reis Magos
Soco - anjos e cartela central com cena campestre.
Não me foi possivel encontrar refrencias aos paineis que estariam nas capelas que se apresentam foradas a azulejos azuis.
Também não me foi possivel fotografar o painel existente no coro-alto.
Peço desculpa pelos problemas de algumas imagens, fotografar azulejos é dificil e requer muito equipamento.
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Estremoz - Azulejaria de Fachada em Sesimbra
Azulejaria de Fachada em Sesimbra
A azulejaria de fachada tem um duplo papel na arquitetura urbana, um papel funcional pois protege as fachadas da intempérie,dando-lhe maior durabilidade ao mesmo tempo que decora.
Portugal passou por uma época politicamente bastante difícil que teve início com a primeira invasão francesa que bastantes problemas ao sistema produtivo e grandes alterações sociais. É só ultrapassado este período que se volta a uma certa tranquilidade, segundo quartel do século XIX, o que permite a algumas industrias regressarem ao seu trabalho normal,surgindo então os primeiros azulejos de fachada.
Esta minha recolha fotográfica foi efetuada no mês de agosto de dois mil pelo que alguns de estes grupos azulejares já não devem existir. Fica para uma próxima visita a confirmação.
Termos técnicos utilizados:
Módulo - Módulo é uma unidade (azulejo). Ou seja o elemento que é repetido.
Padrão - Estrutura modular plana (repetição do módulo). Resulta de uma repetição organizada.
Tipos de padrão :
Por rotação;
Por translação;
Por alternância;
Simetria;
Assimetria;
Invariável - Se o módulo mantém a simetria em todos os seus eixos, repete-se sempre da mesma maneira, originando um único padrão.
Variável - Se, pelo contrário, o módulo não mantiver a simetria em todos os seus eixos, permite vários padrões.
Estampagem - (ou talho doce): decoração da superfície vidrada através da utilização de um decalque ou decalcomania.
Estampilhados - Decoração da superfície vidrada com trincha através da utilização de uma estampilha, uma peça de metal onde está recortado o motivo decorativo a pintar.
Aerografados - (ou decoração ao terceiro fogo): pintura do azulejo através de um aerógrafo (pistola de jacto de tinta) em que as estampilhas delimitam as áreas a pintar, processo muito utilizado nos trabalhos de Arte Nova.
Alicatado - Formas geométricas obtidas pelo corte, de peças cerâmicas coloridas, com um alicate (turquês), técnica desenvolvida pelos povos islâmicos.
Arte Nova - A corrente estética a que foi atribuído a classificação de Arte Nova foi importada da Europa na transição do século XIX (finais de 1880), para o século XX. É um estilo gráfico rejeitando a linha reta e a sugestão de volume, solidez ou estabilidade. Assenta numa aparência imaterial e na sugestão de movimento utilizando linhas curvas, ondulantes, transmitido leveza e liberdade de movimentos. A sua fonte de inspiração assenta na flora e na fauna. Todos os frisos apresentados neste trabalho apresentam estas características.
Não me atrevo a dar como certa a fabricação destes azulejos a esta ou aquela fábrica, para isso teria de ter acesso a catálogos e ou ao tardoz dos azulejos pois quase todas as fábricas se diferencia-vão por ai.
Rua Eça de Queiroz
Frisos Arte Nova, talvez da produção da Fábrica das Devezas.
Rua Prof. J. M. Pólvora
Padrão invariável
Padrão por rotação
Rua da Fé
Padrão por rotação, estampado. friso de flores.
Azulejos de alto relevo.
Tipo de azulejo com maior incidência de aplicação no norte do país.
(Rua da Fé)
Padrão invariável
Rua Dr. Peixoto Correia
Talvez produzido pela Fábrica Viúva Lamego.
Friso Arte Nova com motivos florais (amores-perfeitos) provavelmente produzidos na fábrica de Sacavém.
Rua dr. Peixoto Correia (D. Sancho I)
Padrão por rotação
Padrão por rotação criando três elementos decorativos, friso de corrente (definição dada por mim).
Largo da Marinha
Padrão invariável
Friso (Largo da Marinha)
Casa do Bispo
Azulejos pintados à mão, (S. José com o menino ao colo? à esquerda das figuras encontra-se uma bancada o que me leva a pensar em S. José.) cartela com concheados.
Rua Cândido dos Reis
Friso de galão
Friso de galão com flores?
Azulejos estampilhados conhecidos por "bicha da praça" , friso geométrico.
Provável fabrico da Fábrica Viúva Lamego
Padrão por translação, módulo invariável.
Rua Rainha Dona Leonor
Azulejos de padrão, estampilhados (Séc. XIX/XX?) provavelmente fabricados na Fábrica das Devesas, Vila Nova de Gaia.
Padrão e friso imitando a técnica conhecida pelo nome de alicatado.
Rua Dr. Aníbal Esmeriz
Padrão invariável
Rua D. Dinis
Padrão por rotação
Largo José A. Pereira
Friso Arte Nova (Folhas de acanto)
Friso
Rua da República
Azulejos policromos estampilhados com friso. Padrão invariável.
Padrão por translação invariável.
Azulejos estampilhados de dois tons da mesma cor. Padrão por rotação.
Padrão formado por rotação do módulo.
Friso
Avenida da Liberdade
Friso
Rua Elias Garcia
Friso
Padrões formados por rotação do modulo.
Azulejos estampilhados de dois tons da mesma cor. Padrão por rotação.
Largo do Jardim
Friso, vegetalista, Arte Nova (Jarros) provavelmente da produção da Fábrica de Sacavém.
Friso Arte Nova (Amores perfeitos). Fachada com azulejos ditos de diamante.
Rua dos Industriais
Padrão criado por módulo invariável.
Rua da Paz
Padrão criado a partir de dois módulos diferentes (alternância).
Rua Serpa Pinto
Padrão formado por rotação do módulo.
Padrão por rotação criando dois motivos decorativos principais.
Azulejos estampilhados de dois tons da mesma cor. Padrão por rotação.
Rua da Fortaleza
Azulejos estampilhados policromados, padrão formado por quatro azulejos simétricos dois a dois.
Provável fabrico da Fábrica Viúva Lamego.
Friso
Rua Latino Coelho
Azulejos relevados, muito comuns no norte do país (Porto).
Repetição do modulo.
Rua Joaquim Brandão
Friso
Rua Marques de Pombal
Friso
Padrão resultante de módulo invariável ladeado por grega.
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Estremoz - Igreja da Misericórdia de Evoramonte
Igreja da Misericórdia de Evoramonte
Edifício que se pensa datar do século XVI, de construção arquitetural bastante simples, de traça manuelina, de planta longitudinal composta por alpendre, que assenta em colunas clássicas simples de mármore, nave única e capela-mor, da mesma altura e largura, tendo adossado à fachada lateral direita a casa do Despacho e corpos do antigo hospital. A porta principal é em granito encimada por um óculo ovalado.
No interior, a nave é decorada com painéis de azulejo, que segundo Túlio Espanca poderão ser da lavra de Policarpo de Oliveira Bernardes, filho de António Oliveira Bernardes, grande pintor de azulejos, com oficina em Lisboa no século XVIII. No entanto é pouco provável sob todos os pontos de vista, uma vez que os painéis são muito diferentes dos trabalhos assinados por aquele pintor e as cercaduras denunciam um rococó muito afastado dos modelos e vocabulário próprio do referido mestre. Santos Simões apenas indica tratar-se de azulejos de cerca de 1760. Este grupo azulejar, ex-libris da igreja, mostra-nos as obras da Misericórdia.
Representações das Obras da Misericórdia
À esquerda "Dar de comer a quem tem fome". À direita "Dar de beber a quem tem sede".
Lado do Evangelho
À esquerda do Púlpito "Dar abrigo aos peregrinos".
À direita do Púlpito "Redimir os cativos".
À esquerda "Ensinar os ignorantes".
À direita "Rogar a Deus pelos defuntos".
Lado da Epistola
À esquerda "Consular os tristes".
À direita "Vestir os nus".
À esquerda "Sofrer com paciência as fraquezas dos nossos próximos"
À direita " visitar os doentes".
Outras representações - O programa Mariano da Capela Mor
A Capela Mor apresenta uma iconografia diferenciada, evocando a Virgem.
Do lado do Evangelho
A intervenção de Ester perante o Rei Assuero.
Judite introduz a cabeça cortada no saco da sua criada.
Do lado oposto, junto à porta de acesso às restantes dependências - Judite introduz a cabeça cortada no saco da sua criada - Um dos generais de Nabucodonosor chamado Holofernes, sitiou a cidade de Betulia. Esta, sem água, estava a ponto de se render quando Judite, viúva de Manasés, prometeu a Ocías salvar o seu povo. Vestiu-se como se fosse a uma festa, e foi ao campo inimigo, onde se fez conduzir à tenda de Holofernes, seduzindo-o e embriagando-o, desta forma conseguiu decapita-lo, enquanto este dormia, colocando a cabeça dentro de um saco que a criada levava, e levou-a depois aos israelitas, para que fosse exibida nas ameias da cidade. Perante esta visão, os soldados assírios sentiram-se derrotados e fugiram.
Na cúpula
Visitação
Anunciação
Fuga para o Egipto
Anjos com Símbolos Marianos
Lua, Sol, Palma.
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Estremoz - Estação Ferroviária de Cabeço de Vide
Estação Ferroviária de Cabeço de Vide
Fachada Principal
Estação ferroviária da Linha de Évora, construída no séc. XX, conservando o edifício de passageiros, a casa de pessoal e as instalações sanitárias, adossados sucessivamente à esquerda e com implantação lateral, paralela às linhas férreas, as antigas plataformas de embarque, cais coberto, dois cais descobertos e curraleta, depósito de água, poço, um forno e outros elementos característicos da paisagem ferroviária. A tipologia, arquitetónica e decorativa, com o edifício de passageiros de um piso e a casa de pessoal, de dois, de volumes articulados e interiormente interligados, com recurso a colunata toscana no edifício de passageiros, bem como certos pormenores decorativos, como o silhar de azulejos, as meias pilastras a definir os panos das fachadas, remate alteado ao centro e pináculos e vãos retilíneos de molduras decoradas, janelas com sobrejanelas e aventais de azulejos. Projeto de Ernesto Korrodi e Leopoldo Battistini.
O silhar de azulejos tem painéis figurativos, azuis e brancos, de pendor historicista, com temas tipo "bilhetes postais" regionais, representando monumentos, paisagens e motivos etnográficos, e molduras policromas, pintados por Leopoldo Battistini e executados na Fábrica Constância.
Leopoldo Battistini foi um pintor e ceramista, que declarava ser "professore di disegno ornamentale" quando emigrou de Itália para Portugal em junho de 1891, tendo, inicialmente, sido professor em Coimbra, passou a lecionar na Escola Marquês de Pombal. Depois de quase vinte anos de ensino e bem-sucedidas exposições de pintura, Batistini assumiu em 1921, com Viriato Silva, a recuperação e administração da fábrica Constância, que após o seu falecimento (1942), por homenagem de Maria de Portugal, passou a ostentar o nome de ambos, tendo sido João Rosa Rodrigues o principal pintor.
A Fábrica Constância foi fundada em 1836, na Rua de S. Domingos à Lapa, às Janelas Verdes, mas só em 1842 adotou o nome que, com uma ou outra variante, se mantém até hoje. Ali trabalhou, logo no início, um nome muito importante da cerâmica portuguesa do século XIX, Wenceslau Cifka, artista boémio multifacetado, que veio para Portugal como acompanhante do nosso rei-artista, D. Fernando, marido de D. Maria II. Nela colaboraram diversos artistas plásticos, sendo de destacar o ceramista Wenceslau Cifka, no século XIX, João Abel Manta que nela executou o paredão da Av. Calouste Gulbenkiam, em Lisboa. Também aqui foram executados os azulejos que revestem o Oceanário de Lisboa, da autoria de Ivan Chermayet. A fábrica esteve em laboração até 2001, sendo demolida em 2018 para dar lugar à Urbanização dos Marianos.
Lateral Esquerdo
Cais de embarque
Não existem painéis no cais de embarque, devido a vandalismo e roubo.
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Estremoz - Estação Ferroviária de Fronteira
Estação Ferroviária de Fronteira
Estação ferroviária pertencente à linha de Évora, construída no século XX, constituída por edifício de passageiros, casa de pessoal, instalações sanitárias, plataformas de embarque, cais coberto, dois cais descobertos e curraleta, casas de habitação, deposito de água, casa do motor, um poço, uma toma de água, forno, placa giratória e vários elementos característicos das estações de caminho de ferro. Edifício de passageiros de um piso e a casa de pessoal, de dois volumes articulados e interiormente interligados, com recurso a colunata toscana no edifício de passageiros, bem como certos pormenores decorativos, como o silhar de azulejos, as meias pilastras a definir os panos das fachadas, remate alteado ao centro e pináculos e os vãos retilíneos de molduras decoradas. Projeto de Ernesto Korrodi e decoração ajulejar de Leopoldo Battistini, datada de 1930.
O silhar de azulejos tem painéis figurativos a azul e branco, historicistas, com temas tipo "bilhete postal" regionais, representando, paisagens e motivos etnográficos, com molduras policromas, executados na Fábrica Constância.
Fachada
Lateral Esquerdo
Plataforma de Embarque
Depois de quase duas décadas de ensino e bem-sucedidas exposições de pintura, Batistini assumiu em 1921, com Viriato Silva, a recuperação e administração da fábrica Constância, após o seu falecimento em 1942, por homenagem de Maria de Portugal (pintou faiança com trechos escritos e azulejos), passou a ostentar o nome de ambos, tendo sido João Rosa Rodrigues o principal pintor.
A Fábrica Constância foi fundada em 1836, na Rua de S. Domingos à Lapa, às Janelas Verdes, mas só em 1842 adotou o nome que, com uma ou outra variante, se mantém até hoje. Ali trabalhou, logo no início, um nome muito importante da cerâmica portuguesa do século XIX, Wenceslau Cifka, artista boémio multifacetado, que veio para Portugal como acompanhante do nosso rei-artista, D. Fernando, marido de D. Maria II. Nela colaboraram diversos artistas plásticos, sendo de destacar o ceramista Wenceslau Cifka, no século XIX, João Abel Manta que nela executou o paredão da Av. Calouste Gulbenkiam, em Lisboa. Também aqui foram executados os azulejos que revestem o Oceanário de Lisboa, da autoria de Ivan Chermayet. A fábrica esteve em laboração até 2001, sendo demolida em 2018 para dar lugar à Urbanização dos Marianos.
Leopoldo Battistini - Foi um pintor e ceramista, que declarava ser "professore di disegno ornamentale" quando emigrou de Itália para Portugal em Junho de 1891, tendo, inicialmente, sido professor em Coimbra.
Lateral direito
Tiragem da cortiça.
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Estremoz - Azulejaria de Monforte
Convento do Bom Jesus de Monforte
Painéis do lado da Epístola
Apontamentos sobre a vida da Rainha D. Isabel
Milagre da mulinha
Estando iminente o inicio da batalha de Alvalade a Rainha D. Isabel atravessa, montada na sua mula, entre os dois exércitos até ao local onde se encontram os dois beligerantes conseguindo que o Infante D. Afonso prestasse obediência a D. Dinis e que este perdoasse ao seu filho (D. Afonso).
Chegada da Rainha D. Isabel ao desterro em Alenquer
Em resultado do seu apoio ao filho D. Afonso, a Rainha D. Isabel foi desterrada, por ordem de D. Dinis, para Alenquer.
Peregrinação da Rainha D. Isabel a Santiago de Compostela.
Construção do Mosteiro de Santa Clara em Coimbra.
A Rainha observando os planos e a obra.
Chegada do cortejo fúnebre da Rainha D. Isabel ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra.
Lado do Evangelho
Milagres da Rainha Santa Isabel
Lava-pés e cura da mulher leprosa.
Milagre das águas do Tejo que se apartam.
As águas do Tejo abriram-se para dar passagem à Rainha D. Isabel, para que esta, pudesse visitar o túmulo de Santa Iria, colocado no fundo do rio pelos anjos.
Cura da Freira do Convento de Chelas
Morte da Rainha D. Isabel e aparição de Nossa Senhora " A Senhora de Branco"
Veneração do corpo da Rainha Santa e primeiros milagres junto do seu ataúde.
Parede Fundeira
Milagre das Rosas
Aparição de Cristo crucificado à Rainha Santa Isabel.
Milagre das Roseiras bravas.
Estimação de S. Francisco (S. Francisco recebendo os estigmas de Cristo Crucificado).
Última Ceia.
Técnica utilizada - Majólica – Esta técnica é um processo de decoração usado em cerâmicas de baixa temperatura, consiste em aplicar primeiro um esmalte branco sobre o biscoito (1.ª cozedura), o desenho é transferido para o esmalte com o auxílio de papel vegetal picotado e boneca de carvão vegetal (ou papel carbono), sendo posteriormente pintado com um esmalte próprio ou uma tinta, à base de corante e esmalte transparente, sofrendo uma última cozedura para fixação da tinta no esmalte.
Pintura a azul cobalto.
Emolduramento utilizando a técnica Trompe l'oeil (engana o olho). Técnica que permite a ilusão de volume.
Autor - Oficina de Valentim de Almeida (1692 - 1779).
Neste trabalho não segui exactamente a ordem de afixação dos painéis.
A ordem pela qual se encontravam expostos no Convento do Bom Jesus de Monforte era a seguinte.
Lado da Epístola
Episódios da vida da Rainha D. Isabel.
Painel n.º 1 - Intervenção pacificadora da Rainha D. Isabel no Campo de Batalha:
Painel n.º 2 - Chegada da Rainha D. Isabel ao desterro em Alenquer:
Painel n.º 3 - Chegada do cortejo fúnebre da Rainha D. Isabel ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra:
Painel n.º 4 - Peregrinação da Rainha D. Isabel a Santiago de Compostela:
Painel n.º 5 - A Rainha observando os planos e obras de Santa Clara:
Lado do Evangelho
Milagres da Rainha Santa Isabel
Painel n.º 6 - Morte da Rainha D. Isabel e aparição de Nossa Senhora:
Painel n.º 7 - Lava-pés pascal e cura da mulher leprosa. As rainhas servindo as freiras de Santa Clara:
Painel n.º 8 - Veneração do corpo da Rainha Santa e primeiros milagres junto do seu ataúde:
Painel n.º 9 - Milagre das águas do Tejo que se apartam:
Painel n.º 10 - Cura da freira do Convento de Chelas:
Painel n.º 11 - Santa Peregrinação (em falta no trabalho):
Painel n.º 12 - Milagre das Rosas:
Painel n.º 13 - Aparição do Cristo crucificado à Rainha Santa Isabel:
Painel n.º 14 - Milagre dos espinhos ou Milagre das Roseiras bravas:
Painel n. º 15 - Estigmação de S. Francisco:
Painel n.º 16 - Última Ceia.
Os meus agradecimentos, aos funcionários do museu, pela simpatia com que fui recebido.
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Estremoz
Estremoz "Cidade Verde"
Largo do Outeiro
Escadinhas do Outeiro
Rua do Pintor
Aconselho os moradores desta zona a trocar o animal de estimação que tenham por um borreguito.
Teriam o espaço limpo e uma fonte de rendimento.
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Estremoz
ESTREMOZ
Chaminés
Aldeia de Sande (Arcos - Estremoz)
Mereciam ser recuperadas.
São Romão (Vila Viçosa)
É pena a quantidade de cabos que passam junto às chaminés.
Estremoz
Rua das Almas
Rossio Marquês de Pombal
Largo da República
Praça Luís de Camões
Rua de Santo André
Largo dos Combatentes da Grande Guerra
Rua do Outeiro
Espaço onde possivelmente existiu uma chaminé, decoração esgrafitada, talvez com a função de espanta espíritos.
Entre os dois cabos que envolvem a chaminé e abaixo destes (muito pouco visíveis) existem formas que apontam para peças de olaria.
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Café Águias D'Ouro
Imóvel de Interesse Público
O edifício do Café Águias D'Ouro foi classificado como imóvel de interesse público no ano de 1997, após um abaixo-assinado promovido por um grupo de cidadãos de Estremoz.
Não tenho conhecimento se todo o edifício (fachada e interior) foi considerado, assim como também não conheço a legislação que leva à atribuição de tal classificação, nem o que ela permite, ou não permite, aos proprietários destes imóveis, como por exemplo, alterar ou alienar elementos decorativos presentes tanto no interior como no exterior do edifício.
Vem ao caso ter reparado no desaparecimento de um painel de azulejos que se encontrava na varanda do 2.º andar do referido edifício.
Não existirão entidades responsáveis pela fiscalização destes edifícios?